Urna eletrônica biométrica do TSEOntem, 19/03/2009, a mídia divulgou a intenção do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de dar um salto dos 43 mil eleitores que participaram da experiência de votação com autenticação biométrica por impressão digital do eleitor, em 2008, para o interessante universo de 4 milhões de eleitores votando em urnas com autenticação biométrica nas eleições de 2010.

E esse tema foi notícia, porque o presidente do TSE foi pedir ao presidente da república e ao seu ministro do planejamento, verba orçamentária de 250 milhões de reais para equipar 100 mil urnas eletrônicas para o ano que vem (2010).

Existem várias tentativas de criação de cadastros nacionais com dados biométricos, todos patinando em jogo de interesses, vaidades e até mesmo, pouca competência. O único que vem caminhando, devagar é verdade, mas com avanços concretos, é o do TSE, para o cadastro dos eleitores.

Em diversos países do terceiro mundo (ex.: Angola) como também em países em desenvolvimento (ex.: México), tem-se usado a necessidade de elevar a garantia de prevenção de fraudes que o processo eleitoral exige, como o viabilizador do cadastro nacional com dados biométricos.

Aqui no Brasil não está sendo diferente. Todavia, aquele jogo de interesses, vaidades e até mesmo incompetência, têm forçado o TSE a comer esse mingau quente pelas beiradinhas. Desde 2004 que o TSE analisa o uso de biometria para identificar o usuário, mas como nunca conseguiu prioridade para seu projeto, começou em 2005 buscando leitores biométricos para suas urnas eletrônicas antes de qualquer outra definição tecnológica.

Com determinação e muita força de vontade, o TSE tem construído sua solução, infelizmente começaram a obra pelo telhado. E isso pode aumentar os gastos neste projeto. Como assim? O lógico, se tivessem o apoio da presidência da república, seria definir primeiro a tecnologia e o modelo para o cadastro único do eleitor, a tecnologia AFIS (Automated Fingerprint Identification System).

Aí sim, depois de definida essa tecnologia, que é o cerne de um projeto dessa envergadura, vai-se ao mercado buscar leitores biométricos para serem usados nas urnas eletrônicas e os softwares que farão a confirmação biométrica que cada eleitor que se apresente para votar é realmente aquele que deveria ser.

A principal vantagem da adoção da biometria no processo eleitoral, é que não se possa nunca, usar o voto de eleitores que não compareceram à votação, através de uso de seus dados eleitorais fraudulentamente.

Distante ainda do formato ideal, a biometria é o hoje, a única tecnologia que pode prevenir esse tipo de fraude.

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